terça-feira, novembro 16, 2010

Uma Belo Horizonte diferente

Escolas de desenho se unem para ilustrar cenários da capital, sob um outro olhar.
Do Jornal O TEMPO 15/11/2010
Uma galeria de arte na qual as obras refletem as previsões para as próximas décadas nos grandes centros urbanos. Essa é a proposta da exposição de artes gráficas "Traços do Passado e de um Futuro", aberta ao público até a quarta-feira, dia 17, no Centro de Cultura Belo Horizonte, com entrada franca.


Alunos e professores da Casa dos Quadrinhos, em parceria com os da Escola Franco-Europeia de Comunicação (EFEC), escolheram a arte para tentar entender o que já se passou, mas também para pensar no que acontecerá em alguns anos na capital mineira. "O objetivo da exposição é fazer com que o visitante tenha uma visão diferente da cidade onde vive", explica Jean Paulo Lopes, responsável pela seleção das imagens.
Idealizada pelos coordenadores e professores de Artes Visuais da Casa dos Quadrinhos e da EFEC, Jean Paulo e Pascal Caquineau, respectivamente, a mostra conta com a coordenação de Vanessa de Cássia Viegas, diretora do Centro de Cultura Belo Horizonte.

Entre as obras expostas estão praças famosas da cidade, como a da Estação, a da Savassi e a praça Sete, e avenidas de grande movimento, como a Amazonas. Os desenhos são criados por meio de diversas técnicas, traços, cores, tintas e formas.


"A mostra chama os cidadãos de Belo Horizonte ou simples visitantes de outros lugares a refletir sobre a importância da comunicação e das artes visuais em geral, através de interpretações de diferentes artistas sobre o futuro de nossa cidade", explica o professor Pascal Casquineau.



Para Vanessa Viegas, a exposição tem o intuito de estabelecer um rico diálogo com os agentes culturais da cidade "com objetivo de representar ludicamente as mutações dessa capital e tentar vislumbrar para ela um futuro possível".



São colocados em destaque os aspectos da dinâmica cultural, social e urbana de Belo Horizonte, levando ao público uma reflexão sobre as artes gráficas.



"Essas artes devem ser entendidas no enorme panorama de seus possíveis usos, como os quadrinhos, design de produtos, ilustrações, peças publicitárias, dentre outros", conta a diretora do Centro de Cultura Belo Horizonte.



O estudante Thomas Magnum, autor da ilustração que representa o Centro de Cultura Belo Horizonte, desenha com tinta guache, sem papel, diretamente na tela. "Quem sugeriu o tema foi o professor Pascal. Os alunos se reuniram e complementaram a ideia com novas sugestões", explica. 



Durante as aulas práticas, os estudantes produziam os quadros utilizando diferentes tipos de materiais, como tinta guache, lápis de cor, aquarela e grafite. "A nossa ideia era fazer com que os alunos trabalhassem o conceito", acrescenta Thomas.



De acordo com Pascal, a parceria entre a EFEC e a Casa dos Quadrinhos tem por objetivo uma proposta de formação em artes gráficas mais completa, cabendo à EFEC as áreas mais voltadas para a comunicação internacional e a publicitária. Os alunos podem cursar matérias na Casa dos Quadrinhos e na EFEC para enriquecimento do currículo.
Imagem: Aquarela de Jean Paulo

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