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Mais uma Graphic MSP chegou às bancas nesse final de semana, dessa vez retratando a turminha que é carro-chefe da Mauricio de Sousa Produções. Com a resposnsa de retratar os personagens de quadrinhos mais famosos do Brasil, como será que se saíram os irmãos Cafaggi?
Sinopse:
O Floquinho desapareceu. Para encontrar seu cachorro de estimação, Cebolinha conta com os amigos Cascão, Mônica e Magali e, claro, um plano “infalível”.
Em “Laços”, os irmãos Vitor e Lu Cafaggi levam os clássicos personagens de Mauricio de Sousa a uma aventura repleta de emoção, lembrança e perigos.
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Quem não está acostumado com a proposta das “Graphic MSP” pode acabar estranhando bastante “Laços”. Isso porque a HQ dá liberdade criativa para que artistas reinterpretem personagens clássicos da Turma da Mônica. No caso dos Cafaggi, a ideia foi criar uma aventura típica dos anos 80, lembrando filmes como “Conta Comigo” e “Os Goonies”.
Aliás, referências a obras dessa época não faltam na HQ inteira, seja como algumas frases (quando um grupo de garotos cita “Warriors – Os Selvagens da Noite”) ou no cenário, como as action figures de He-Man e Thundercats que Cebolinha tem.
Mas as referências não são o principal da história, e sim o clima. Esse emula bastante as aventuras de algumas décadas atrás, que eram bem simples e muito focada nos personagens, normalmente caricatos. E para isso, a Turminha é perfeita: Mônica é a menininha forte, Cebolinha é o líder esperto, Magali a doce comilona e Cascão o sujinho falador. Tudo como a gente sempre conheceu, mas aplicado com o intuito de narrar e fazer acontecer uma jornada de crianças.
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A colorização do álbum também chama muito a atenção, pois ajuda a passar a sensação de tempo de uma forma pouco explorada em histórias em quadrinhos. Nisso, Vitor e a colorista Priscilla Tramontano estão de parabéns. Até mesmo os quadros muito escuros e pouco nítidos ajudam a dar o clima de mistério necessário na cena. Também é divertido ver a participação de alguns personagens secundários que acabam não influenciando na história, como Titi, Denise e principalmente o Xaveco.
Já o desenvolvimento da história é bem simples, sem acontecer nada de extraordinário ou alguma situação épica como vemos em “Astronauta: Magnetar”. É uma história bem família, para crianças e adultos e que tem como seu principal destaque a forma leve como se desenvolve.
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O que também merece bastante destaque são as cenas com os personagens bebês, feitas por Lu Cafaggi, além de uma historinha sobre o pai de Mônica, fazendo referência direta ao criador dos personagens. O visual do Cascão mais novo é o que mais se destaca, com um cabelinho black-power muito simpático.
No final, só dá para dizer que “Laços” é excelente. Uma das poucas diferenças entre ela e a primeira Graphic MSP estrelando o Astronauta é que Danilo Beyruth arriscou um pouco mais com o personagem, enquanto o livro da Turminha segue um pouco mais a obra original. Mas a sensação final é de querer ler mais, de ficar esperando por um “Laços #2” sair logo. Mas por ora, temos outros excelentes quadrinistas prontos para lançar sua própria versão do Piteco e do Chico Bento, e espero que essas saiam o mais breve possível para saciar a vontade dessas “versões alternativas” dos perosnagens de infância.
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“Turma da Mônica – Laços”
Volume Único
82 páginas, papel couché, 17x26cm
R$ 29,90 (capa dura) ou R$ 19,90 (capa cantonada)